sexta-feira, 30 de maio de 2008

"Sopa By Me"


Nesta última semana a ideia assaltava-me de tempos a tempos, e eu sabia que mais tarde ou mais cedo teria de experimentar “Uma sopa by me...”, algo muito especial, que nos dizeres do seu autor, A. Cupido, “começou com uns ossos da espinha do porco...
Foram a cozer com uma alheira (que obviamente se desfez...)”
Só não sabia quando seria.
Afinal a ocasião estava ali mesmo à espreita: procurava um cachaço de porco para um prato do fim de semana, encontrei-o, e quando me perguntaram se ia assim ou se queria que o desossassem compreendi que tinha encontrado os “ossos carregados” perfeitos.
Aqui no Sul é difícil encontrar ossos a sério, com carne suficiente para serem petisco, pois são vendidos como comida para cães e portanto há que deixar o máximo de carne do outro lado...
Mas não era este o caso, pedi para que desossassem deixando o espinhaço bem carregado, já que tinha pago tudo, e, realmente, aqueles ossos pareciam autênticas costeletas cheias de carne.
Em casa oficiou-se pela receita, com uma ligeiríssima introdução, aliás também inspirada pelo mesmo autor, aqui. É que eu não sou capaz de seguir uma receita à risca; nem as minhas próprias receitas, de facto, é uma espécie de maldição (ou bênção?).
Uma Sopa By Me...” é realmente algo que não se esquece. Para mim acabou sendo jantar e é daqueles pratos tão marcantes que sei que o repetirei muitas vezes.
É assim:

Ingredientes:

Ossos do cachaço de porco, carregados
1 Alheira
1 Cebola
½ Couve-Flor média
50 Favas
Fatias de pão, tostado ligeiramente
Raminhos de Hortelã
Sal

Preparação:

Coza na panela de pressão, em água com sal, os ossos, a alheira sem pele, a cebola, a couve-flor e as favas embrulhadas num pano, durante 30 minutos.
Deixe perder pressão, abra, e retire os ossos para um tabuleiro de forno. Retire também o embrulho das favas e retire-lhes a pele aproveitando apenas o interior que volta à panela.
Passe o caldo com a varinha até se apresentar perfeitamente liso e aveludado.
Leve os ossos ao forno (grill) para que tostem ligeiramente à superfície.
Sirva pondo no fundo do prato uma fatia de pão ligeiramente tostado, umas folhas de hortelã, em cima um osso e por fim o caldo quente.

Nota:

Se quiser experimentar a versão original de Cupido, retire as favas. Na realidade como só provei esta não tenho termo de comparação para poder afirmar se a introdução melhorou ou, pelo contrário, piorou. Mas sei que é uma grande sopa, um grande prazer para os sentidos, e não só o do paladar.

5 comentários:

risonha disse...

esse prato é lindo...

Elvira disse...

I do like soup made by you! ;-)

Marizé disse...

Em a esta sopa só lhe dizia uma coisa: "Sopa by you, please stand by me!"

Bom fim de semana

anna disse...

O Luis transformou a sopa by me do Cupido, numa sopa by him... aquela carne está uma tentação!
Bom fdsemana.

cupido disse...

eh eh eh, bela sopa (não me posso esticar nos elogios, como é óbvio). As favas são capazes de acrescentar qualquer coisa.

Já agora, quando andam tantos desafios nos blogues, porque não propôr variantes desta sopa? ainda chegava a clássico da cozinha.